Por Redação – Jubileu Sul Brasil
Entre os dias 30 de julho e 2 de julho, representantes das Redes Jubileu Sul/Américas e Jubileu Sul Brasil participaram do Fórum «Geração Igualdade», realizado virtualmente.
Promovido pela ONU Mulheres, o evento reuniu governos, organizações internacionais, sociedade civil, juventudes, setor privado e militantes de todo o mundo para assumir compromissos “concretos, ambiciosos e sustentáveis” para alcançar a igualdade de gênero (ODS 5).
O Fórum propõe incentivo a um sistema de múltiplas partes interessadas para promover a igualdade de gênero, garantir sustentabilidade e prestação de contas.
No debate “Nossos corpos, nossa terra: mulheres indígenas defensoras dos direitos humanos”, participaram Susan Asio, Melania Chiponda, Niken Lestari, Pipi Supeni e Laura Zuñiga Cáceres. Em pauta, as mulheres que em todo o mundo lideram a luta contra a tributação, contra o extrativismo e por proteção das comunidades, e a necessidade de que os Estados abandonem o atual modelo de desenvolvimento predatório.
Elas pontuam a busca pelo aumento da conscientização sobre os perigos do extrativismo aos povos e à natureza, e ainda um perigo às mulheres e homens defensores de direitos.
O debate destacou a lutas de comunidades, inclusive indígenas, em defesa dos meios de subsistência, da ancestralidade, por terra e território frente às economias injustas que facilitam a exploração do Sul Global.
Durante a sessão houve a participação de defensoras e defensores do Zimbábue, Uganda, Indonésia e Honduras, compartilharam suas experiências
A sessão seguinte, “Mecanismos nacionais de igualdade entre mulheres e homens perante as mudanças climáticas na América Latina e no Caribe”, teve como convidados Lorena Aguilar, Itzá Castañeda Camey, Roland Dubertrand, Marcela Guerrero Campos e Ana Güesmez García.
Frente à crise climática que se intensifica, a necessidade urgente de construção de economias e sociedades mais solidárias ao planeta e seus habitantes. Para isso, é preciso reconhecer e reforçar o papel das mulheres e da igualdade de gênero na luta pelo câmbio climático, pontuaram as e os painelistas.
Nesse sentido, foi destacado o papel dos mecanismos de promoção da mulher (MAM) na América Latina e no Caribe para defesa da igualdade de gênero perante os governos do região. Este evento foi organizado pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL).

Na quarta mesa de debate, “Respostas feministas ao aumento da violência de gênero no Sul global durante a crise da Covid-19 ”, com a participação de Ana Cristina Gonzalez Velez, Anuradha Kapoor, Mpiwa Mangwiro e Nandita Shah.
As participantes abordaram as falhas pré-existentes na prevenção e reparação da violência contra as mulheres, contra o segmento LGBTQI+ e outros grupos marginalizados, e o aumento dos casos de violência e abusos com as restrições impostas pela pandemia.
Na sessão final “Resistindo a Movimentos Anti-Direitos”, as participantes apontaram que, enquanto os movimentos feministas seguem liderança mudanças sociais e avanços nos direitos avanços, os atores anti-direitos agem com mais recursos e coordenação visando não só atacar vitórias feministas e LGBTIQ, mas também para
desmantelar as estruturas, conceitos, instituições e mecanismos para prejudicar o alcance e proteção aos direitos humanos. Participaram Lua da Mota Stabile, Gillian Kane, Mirta Moragas e Berfu Seker.
